O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, oferece o curso de Mediação de Conflitos a 50 servidores indicados pelas Diretorias, Coordenações e Superintendências Estaduais do Instituto. O curso, que tem como objetivo capacitar os servidores a mediar um conflito antes de virar uma denúncia, teve início na segunda-feira (18) e vai até o dia 20 de novembro.

Segundo o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, "Em parceria inédita do IBGE com o Tribunal Regional do Trabalho, se dá a oferta do curso de mediação para colegas interessados na capacitação profissional na resolução de conflitos, facilitados pela comunicação e negociação. “

O curso é a primeira iniciativa fruto do Acordo de Cooperação Técnica entre os órgãos em relação à mediação de conflitos, firmado em abril de 2024, que prevê treinamentos e compartilhamento de dados por ambas as partes.

“O intuito do curso é exatamente mediar o conflito antes dele virar uma denúncia, porque uma pessoa especializada nesta técnica pode dirimir vários conflitos inerentes às relações humanas e que às vezes tornam o ambiente de trabalho muito difícil. Então, se você conseguir minimizar essas situações e esses eventos, o ambiente de trabalho pode se tornar mais agradável, sem escalar para uma maior violência – simbólica ou verbal - e não sobrecarrega tanto a ouvidoria e a corregedoria”, explicou a Diretora Executiva do IBGE, Flávia Vinhaes.

A capacitação conta com duas fases: a etapa teórica, com encontros transmitidos ao vivo e a etapa prática, com encontros presenciais. Na primeira etapa, serão abordados os temas: Teoria Geral do Conflito; Tipologia dos Conflitos e Conflitos Organizacionais; A Comunicação como ferramenta para gestão de conflitos; A negociação como forma de resolução de conflitos; e O processo de mediação de conflitos a partir da negociação.

Já na segunda fase, será realizada oficina com dinâmicas, simulações e outras metodologias ativas de aprendizagem, com objetivo de materializar e fixar os conceitos trabalhados na etapa teórica.

O curso conta ainda com uma avaliação (Registro Reflexivo) onde os alunos deverão refletir sobre suas experiências, pensamentos, sentimentos e percepções ao longo de todo o curso. Ao final, será emitido certificado pelo Tribunal, por intermédio de sua Escola Judicial, conforme Termo de Cooperação Técnica nº 3/2024, para os participantes que tiverem frequência mínima de 75% em cada uma das etapas (teórica e prática).

“Os nossos entrevistadores entram na casa das pessoas, onde podem ocorrer vários eventos desagradáveis, também dentro da instituição, nas agências, nas superintendências ou na sede, principalmente em períodos censitários, quando a casa recebe muitos funcionários. E a mediação desses conflitos não é uma coisa intuitiva. Então, surgiu essa demanda da Comissão de Ética. Estamos fazendo essa primeira turma piloto e eu espero que esse curso seja ofertado várias vezes na casa”, pontuou Flávia.

Mais sobre o curso

O curso visa capacitar servidores com perfil para atuar por meio de métodos, técnicas, práticas e linguagem adequada nas atividades que buscam soluções de conflitos existentes, por meio da mediação, podendo também sugerir propostas de acordo. O projeto propôs um levantamento nas Diretorias e Unidades Estaduais de trabalhadores com perfil para se especializar, além de ser realizado um cadastro de servidores habilitados na câmara de mediadores.

O papel do mediador é ser imparcial e facilitar o diálogo entre as partes envolvidas, utilizando técnicas que estimulam a comunicação, a busca por soluções para superar os conflitos e proporcionando melhorias do ambiente de trabalho.